sábado, 27 de agosto de 2011

Nove meses


Desde o primeiro dia, eu já sabia... Que você ali estava e que queria muito vir ao mundo.
Desespero, agonia, duvida, eu não queria... Tinha medo.
Passou as horas, e eu sabia que você ali estaria... Certeza maior nunca tivera, até aquele dia.

Começou tudo de novo, enjôo, tonteira e nem os dentes podia escovar.
Nem água podia tomar nada no estomago ficava, até aquele dia.
Eram sonhos, pesadelos, uma grande confusão, mas eu sabia que você ali estaria.

Como são torturantes os três primeiros meses, nada agrada aos olhos nem ao paladar.
Tudo é chato, nada serve, nada fica bom, tudo que dizem é verdade, que angustia.
Mas eu já sabia que era você ali que crescia.


A barriga foi crescendo e meu amor por você ficando ainda maior.
Todos os medos, angustias e agonia foram embora, mas você ali estava.
E eu já o amava mesmo sem conhecer seu rosto, até aquele dia.

Olhando meu corpo crescendo, e observando você desenvolvendo, forte sadio.
Uma sementinha tão pequena que muda a vida da gente de uma maneira tão singular.
Você luz da minha vida, agora já esta quase lá, até aquele dia.

Tantos presentes, tantas canções, todos os dias, eu lembrava de você onde quer que eu estivesse.
Os amigos também vieram, e o prestigiaram, engraçado, e ainda não te conheciam.
Estava chegando à hora, contava os dias, os minutos, e sabia que você estava lá.


Como a natureza é perfeita, que mágica o corpo da gente faz, incha, murcha...
Na certa um dia pensarás, como coisas assim acabam trazendo tanta alegria a um lar.
Nunca tive tanta pressa em te abraçar. Curtir cada momento, pois logo acabaria tudo.

Você é o ultimo, mas não o único, e meu amor contigo sempre estará. Filho amado.
O grande dia esta chegando, ansiedade, tristeza, todas as emoções se misturando.
Será hoje ou amanha já está tudo marcado. Logo estarás nos meus braços.

Pois chegou o grande dia, antes do previsto, nascera meu lindo filho.
Sorridente, chorando pouco. Grande e forte, as dores se misturando com a alegria.
Filho de um amor sem igual, do seu pai e eu. Une-se aos Irmãos que o esperam em casa.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Um Breve resumo da minha vida! Com este ganhei um livro.


A pergunta era: em que fase da sua vida daria para fazer um filme?

Bem, acho que todos. Quando nascemos começa a ser escrito nosso destino, ou já vem escrito. Nossa vida começa da concepção ao nascimento, sendo muitas vezes filmados ou fotografados. Minha vida toda (são 41 anos) daria um lindo filme e ou um livro (ainda estou pensando nisso), principalmente dos últimos 11 anos.
Aos 30 anos conheci um menino de 17 anos, jogando vôlei na rua, nós chegamos a namorar (foi amor à primeira vista...), nos separamos não por falta de amor, mas porque ele se dizia muito novo pra se prender a alguém, ou a um único alguém, um ano depois veio a fatal noticia de que ele havia se matado. Neste meio tempo eu conheci outro rapaz em uma festa de aniversario de uma amiga em comum, ela me apresentou, por insistência dele, e dali em diante ele não me largou mais, ligava pra me dar carona, e ele nem morava na minha cidade, eu em Sapucaia do Sul e ele no Centro de Porto Alegre – RS. Foi assim durante todos os dias em duas semanas, (inicio 10/01/2001...), na ultima sexta ele ficou mudo o trajeto todo, entrou em casa, ele sempre vinha com a desculpa que iria à casa das primas, por isso a carona, mas nem aparecia lá, ficava horas conversando comigo, e neste dia, ele começou com um papo estranho, perguntando-me o que eu achava que estava acontecendo coma gente, então eu disse que não saberia responder se ele estava flertando comigo ou namorando, e eu esperava que ele me dissesse. Então disse estar apaixonado, que não trabalhava mais direito, não comia, não dormia, e me pediu em casamento, de uma maneira pra ficarmos juntos até bem velhinhos, eu disse que iria pensar, pois não tinha ido para o RS para namorar, nem mesmo pra me casar, e sim para trabalhar e estudar. Ele também pediu duas semanas pra arrumar umas coisas da vida dele, e então foi morar comigo. Eu não podia ter filhos (isso atestado pelos médicos), mas eu não desistia, de qualquer forma perguntei a ele se me deixaria também no caso de não poder lhe dar filhos, ele disse que em caso de não ter natural, adotaríamos. Em 2003 voltei a SC a passeio e ele veio comigo, já pra conhecer meus pais, e não quis mais ir embora, arranjamos trabalho por aqui mesmo e voltamos pra buscar nossas coisas. Até aqui nada de filhos, só alarmes falsos.
Em 2005 meu pai com 61 anos veio a falecer de infarto. Mais uma perda irreparável, mas como boa espírita sei que estão bem. Em janeiro de 2006 resolvi que teríamos um filho então veio a noticia que havia passado no vestibular para UFSC em matemática, e em julho do mesmo ano sonhei com meu pai que dizia que iria me mandar um filho para que ele pudesse descansar. Em agosto começo a trabalhar numa academia no setor ADM, passo mal alguns dias sem entender, e então vou ao medico porque não havia mais o que fazer, no exame de sangue vem a noticia que eu seria mãe, meu esposo não acreditava, ficou branco, achei que ia desmaiar muito menos eu, que havia sonhado toda uma vida com isso. Em 09.06.2007 nasce meu primeiro filho (Ian), eu já estava com 37 anos. Para que ele não ficasse sozinho decidi ter outro em seguida, fiz uma tabela para ter menina, indicada por um colega da faculdade que planejou sua família assim, um casal, e deu certo, em 23.05.2009 nasce minha filha (Ianny). Hoje aqui te escrevendo lhe digo que sou mãe pela terceira vez nasceu meu filho (Idan) em 30.05.2011. Estou realizada como mãe e esposa, só falta a realização profissional para que tudo flua melhor.
Muitos trechos da minha vida (História) deste pequeno período não foram relatados, como lhe disse daria um lindo livro.

 

Obrigada Pamela e equipe DDM